Espírito Natalino!

Por Caroline Neves

Olá, queridos amigos e amigas.

Hoje gostaria de conversar com vocês sobre este período do ano em que todas as pessoas parecem estar perdendo a hora e que, infelizmente, se coincide com o tempo do Advento e Natal. Correm-se ao mercado, ao shopping, às agências de viagens, às lojas de decoração, e correm de si mesmos. Li em um jornal bem famoso no Brasil que este será o ano da fadiga digital e por isso é bem provável que as ruas estejam lotadas cada vez mais cedo. Devido a esta correria intensa para possuir coisa alguma que o torne coisa nenhuma, não é surpresa que o cansaço e o estresse chegue a atingir 70% do povo brasileiro.

Em contrapartida, entre as pessoas que tenho contato diariamente, tomando um café ou numa reunião pelo Google Meet, procuram por um final de ano natalino de verdade, sem a correria de comprar isso ou aquilo sem necessidade. Penso que são muitas as pessoas que tem esse mesmo espírito do Natal e que desejam retomar a cultura cristã do nascimento de Jesus Cristo, da história do bispo de Myra, dos motivos das luzes e da estrela, do presépio, das músicas!!!

Retomar o espírito natalino no final de ano é uma finalidade alcançável se os objetivos forem as práticas das virtudes, a doação material e a alegria!

Como virtude essencial ao Natal, ressalta-se a esperança e a generosidade. A primeira trata-se de uma virtude teologal, e diferencia-se muito de um otimismo comum, a esperança é um hábito criado por Deus e o tem como último fim. É pela esperança que reconhecemos a paternidade divina e o Amor de dEle pelos seres humanos. Este reconhecimento deve ser alimentado por nós constantemente e o Natal é tempo de recordarmos a encarnação daquele que se fez menino para a salvação.

Devemos considerar existem pessoas que não gostam, ou não se sentem bem, com a chegada do final do ano. Os motivos são diversos: alguma briga em família durante os natais passado, o tempo estressante de correria, e a nostalgia causada pelo pensamento “o ano termina, e o que você fez?”. É importante mantermos ouvidos atentos e compreender as situações que essas pessoas passam, aconselhando-as ao bem. O Natal chega para relembrar a alegria das tarefas cumpridas no ano inteiro, recordar todos momentos em que Cristo estava no trabalho ordinário. Esta é a verdadeira meditação.

Por fim, a segunda virtude revela-se em atos de bondade (material, espiritual, temporal) que levem a sair-se de si e doar-se ao outro. Nesta época do ano, como citei acima, pensamos muito em compras e a avareza invade o coração… A generosidade é a grande libertadora deste mal que consumista. Muitas Igrejas, instituições, ONGs e prefeituras recolhem roupas e sapatos nesta época para pessoas em vulnerabilidade; também o apadrinhamento de crianças carentes para doação de brinquedos novos aparece constantemente.

Percebe como os objetivos vão se encaixando? Este é o verdadeiro espírito do Natal e retomá-lo nos finais de ano é um exercício cada vez mais frequente.

Um abraço!

 

 

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