A ordenação de São Josemaria Escrivá

Sacerdote de Jesus Cristo

Chegara o dia tão esperado. No dia 28 de Março de 1925, na Igreja do Seminário de São Carlos, Josemaria, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote.

No primeiro banco, elegantemente vestidos, acompanhavam-no a sua pequena família: sua mãe Dona Dolores, Carmen, sua irmã mais velha, e Santiago, seu irmão mais novo, que na data tinha apenas 6 anos.

Neste dia tão importante, Dona Dolores não podia deixar de sentir a ausência do seu marido José, que falecera em 27 de Novembro de 1924. Juntos tinham planejado essa ocasião e, quatro meses antes, tinha morrido. No entanto – forte como era – não deixou que aquele fato ofuscasse a cerimônia. E imaginou que o seu marido se encontrava, com toda a certeza, presente em algum lugar junto do sacrário, acompanhando o filho.

O Bispo deu início à cerimônia. O “Relojoeirinho”, como chamava Escrivá o seu anjo da guarda, estava na expectativa. A cerimônia da imposição das mãos iria começar e o Espírito Santo desceria e encheria com a força da sua luz e do seu amor Josemaria e os outros que se ordenavam. E conferir-lhes-ia o poder de trazer Cristo ao altar.

Céus!! Exclamou o Relojoeirinho ao ver a imensa glória e majestade divina descer sobre as mãos do recém-ordenado. Agora era sacerdote de Jesus Cristo e com o tempo todos começariam a chamar-lhe Padre (pai).

A sua primeira Missa

Dois dias mais tarde, Josemaria celebrou a sua primeira missa na capela da Basílica de Nossa Senhora do Pilar – uma grande devoção que os pais infundiram na alma de toda a família. Com carinho e profundo respeito ofereceu aquela missa pela alma de seu pai José Escrivá.

Assistiram poucas pessoas mas o Relojoeirinho não deixou por isso: no Céu preparou um enorme cortejo de Anjos que estiveram presentes acompanhando Josemaria e adorando Jesus na Eucaristia. A fé do jovem Padre era tão forte e tão viva que as suas mãos tremeram ao tomar a Sagrada Hóstia:

“Senhor, que nunca me acostume a ser sacerdote!”

Três meses antes, ao ser ordenado diácono, tinha dado a comunhão a sua mãe. Josemaria queria que naquela ocasião fosse Dona Dolores a primeira pessoa a receber das suas mãos a Sagrada Comunhão.

Mas, no último momento, uma mulher adiantou-se e teve de começar por ela. Josemaria olhou para a mãe. Jesus também lhe pediu aquele pequeno desejo. Com alegria ofereceu esse sacrifício ao Senhor. Mais um sobre o “monte” que diariamente oferecia pela sua intenção especial: ver aquilo que Deus lhe pedia.

O Relojoeirinho certamente já saberia o que era, e encorajava-o a perseverar com maior insistência, se fosse possível, pois três anos mais, até 1928, quando Deus dar-lhe-ia a conhecer a sua vontade: a fundação do Opus Dei.

Fonte: Opus Dei.